sexta-feira, julho 11, 2008

Hoje



Hoje é um daqueles dias em que "deixem-me em paz"...
(Parece que só escrevo no blog quando se me aperta o coração... o que não é necessariamente mau, uma vez que fico meses a fio sem escrever, já deu para perceber)
Seja como for, hoje é um desses dias em que me não estou em mim.
Penso na Mafaldinha, lembram-se dela? Lembro-me da vez em que ela perguntou à mãe: "Ó mãe, porque é que as pessoas trabalham?" ao que a mãe responde sabiamente: "As pessoas trabalham para ganhar a vida." Depois de meditar um pouco a Mafaldinha sai-se com: "Mas porque é que essa vida que se ganha é gasta a trabalhar para ganhar a vida?" e a mãe ficou sem pio.

Ou seja, hoje em particular irrita-me que a vida esteja cheia de regras e limitações. Irrita-me ter que aceitar a sociedade como ela é. Irritam-me os bancos. Irrita-me o governo. Irritam-me as pessoas que se passeiam pelos dias como zombies. Irrita-me o social, o tradicional, o esperado, o sacrifício a bem de todos, as decisões para a vida, as consequências dessas decisões. Enfim, irrita-me ter que estar preparada para o pior, trabalhando para o melhor (isto nem devia ser permitido!).

O que é que aconteceu à máxima "a vida foi feita para ser vivida"? Será que o fazemos? E quando o fazemos, será que o fazemos como deve ser?

Hoje comecei o dia a chorar. Estou sob pressão.
Todo o dia me arrastei à procura daquele lado de mim luminoso e despreocupado. Liguei à minha mãe, abracei o meu amor, mas foram as palavras da amiga que me ajudaram a encontrar esse sorriso em mim.

As minhas melhores amigas, as minhas gajas, são o meu farol. Com elas, sei que nunca me vou perder na escuridão.

Também sei que amanhã estarei melhor.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Nós, as gajas!

Um post para as minhas melhores amigas!
VIVA A INTERNET!

sábado, dezembro 01, 2007

A Morte ao virar da esquina




Perdi um amigo.

Em cima de todas as más notícias, perdi um amigo.

... ...

Perdemo-lo e pronto.
Sem aviso nem razão, perdemo-lo e pronto.

Não sei o que pensar. Não sei o que sentir. Não sei o que dizer.

... ...

E agora? O que acontece a seguir?
Quem deu à Morte o direito de nos roubar desta maneira?

Merda.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Para o meu amor








Estás longe, mas em mim. A família tem que estar sempre em primeiro lugar, e a tua família é a minha, assim como a minha é também tua. Esta é a hora de estares longe de mim, mas perto dos nossos.

Para ti, meu amor, as palavras de Pablo Neruda:

"É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro."

Ao fim de tanto tempo sem publicar um post, nada como o amor para recomeçar.


Amo-te, F.
Beijo-te daqui, para que o sintas aí.

terça-feira, agosto 14, 2007

A ilha



Vou para a ilha de Tavira na 6ª feira.
Vou para a ilha, fazer-me ilha de tranquilidade. Ela virá até mim, como sempre fez (mesmo nos anos que não tive oportunidade de ir), cheia de presentes para me oferecer. As recordações virão a correr receber-me às Quatro Águas; o mar estará do outro lado, de braços abertos, cheio de sal e de luz para me abraçar. Todas as tendas, todos os caminhos, todas as famílias, todas as gritarias, tudo o que é ilha transforma-se num livro de memórias, num álbum de fotografias. A nossa ilha, lembras-te mamã?
Ela está lá. Eu ainda estou cá, mas já não.
Faltam 3 dias.