quarta-feira, dezembro 20, 2006

Explicações




A falta de palavras no meu blog tem sido uma constante e é uma das minhas resoluções para o próximo ano mudar isso. Também não me esqueci dos desafios que me lançaste, minha gaja, e prometo que vou publicar a minha lista. Por enquanto o trabalho não me deixa muita margem de manobra, mas não quero deixar de desejar um EXCELENTE NATAL a todos!!!

quarta-feira, novembro 22, 2006

... ... ...


A minha fada enfeitiçou-me. Foi há muito tempo, mas o feitiço era forte. Um daqueles "para sempre" que são tão raros e tão difíceis. A minha fada é muito talentosa. Especialíssima.
A luz dela brilha no escuro que tenho, permanentemente. Mesmo quando ela própria se sente escurecer, em mim ela nunca se apaga.


Hoje foi a sério. Senti-o mais tarde, deviam ser uma seis horas da tarde. Anoitecia.
Tenho no coração um sentimento esquisito. Agora já é de noite.


Se soubesses há quanto tempo estou em frente a este teclado a tentar verbalizar o que tenho aqui...
Não sei descrever.

Não é triste que estou, porque um amigo não se entristece com a felicidade dos seus. Não é contente, porque um amigo nunca se alegra por ver um dos seus partir. Então em que é que ficamos? (passou-se quase uma hora e ainda não consegui escrever três frases sem as apagar a seguir. Isto não é fácil.)

(mais de uma hora... tic-tac-tic-tac...)

Não consigo.
Tenho que digerir isto melhor.
Não me interpretes mal, tomaste a decisão certa, minha fada, mas ver as duas longe de mim é um conceito que ainda não encaixei.
Acho que é agora que vou chorar. Perdoa-me.

Amanhã estarei recomposta.
Tens-me para sempre.

Em jeito de post scriptum digo-te o seguinte: eu conheço o amor, vivo-o todos os dias e todos os dias estou grata por tê-lo encontrado. Ia até ao fim do mundo pelo meu amor. Não há nada que se compare a esse sentimento arrebatador, nem ninguém que substitua a pessoa que amamos. Por isso, é claro que estou feliz por ti, pela tua coragem. Desejei que decidisses ir, porque o amor é demasiado valioso para se deitar a perder. E porque quero ver-te feliz. E depois, o que é que são uns milhares de kms entre melhores amigas, certo?

E nisto são dez da noite. Estou à frente da besta desde as 19h45.









sábado, novembro 11, 2006

À tua saúde!

Este foi o jantar:


.Perna de porco com castanhas (uma trabalheira, não te digo nem te conto...)
.Puré de batata (à séria, nada de pré confeccionados)
.Legumes E salada (ViVAM OS VEGETAIS!) .Pêssego (para dar um toque original. (o;)

Claro que eu não comi aquilo que me deu mais trabalho (mas cheirava bem, juro!). Contentei-me com um folhadinho de soja, também cozinhado por moi même, que estava uma maravilha.


Depois veio...






O BRINDE! EIA! EIA!

Também houve bolo de chocolate, com velas e tudo, que soprámos ao mesmo tempo depois de te cantar os Parabéns, mas se soubesses as voltas que eu já dei para tentar por as fotografias na ordem (e posição!) que quero... Estas coisas de posts e blogs são do catano, ARRE!!!

Portanto não leves a mal, mas este post fica por aqui. Com a certeza que foi um jantar a pensar em ti, Azuloidezinha!

Beijos! Beijos!

quarta-feira, novembro 08, 2006

Parabéns Azuloide!



Sabes, houve um tempo em que tudo parecia promissor. Estávamos a crescer, a construir isto que somos. Afiávamos as nossas espadas para lutar pela vida que queríamos. Tudo parecia possível, tudo era uma aventura e tudo era vivido com uma intensidade (quase) irreal. Não fazíamos ideia do que o futuro nos reservava, mas com certeza seria algo grande! Por Deus, faríamos a diferença!
Talvez por isso escrever fosse mais fácil. Escrever para ti era tão fácil.

Hoje quero voltar a dizer-te algo especial, mas chegámos àquele ponto onde as palavras são só uma espécie de decoração. Somos amigas. Somos cúmplices. Somos tanto, que as frases emaranham-se na minha cabeça e acabo a dizer disparates.
Somos muito mais do que as palavras poderão ilustrar.
Houve um tempo em que esta amizade parecia infinita, atirei-me ao teu pescoço para um abraço eterno, esforcei-me para levar longe essa amizade que começava. E sabes que mais? Esta amizade continua infinita, este abraço ainda te envolve e nem este longe que nos separa pode impedir-nos de chegar ainda mais longe com aquilo que nos une.

Fazes anos hoje. Se calhar não seriam estas as palavras ideais para um postal de aniversário, mas quero que saibas o que tenho cá dentro. E entre outras coisas, tenho-te a ti.
Os festejos estão na calha, as velas preparadas, e as goelas afinadas para essa balada inspiradora "Parabéns a vocêêê..."! No entanto... Só que... mas...
Tu não estás aqui. De carne e osso. E isso faz toda a diferença.

Olhando para tudo o que nos trouxe até aqui, fica claro que as nossas ambições iniciais não foram em vão. Caso contrário, esta dor de não estares aqui não seria tão perturbante. Aspirávamos à grandeza, e construímo-la todos os dias. Queríamos fazer a diferença, e a verdade é que não sei que tipo de pessoa seria hoje se não tivéssemos cruzado caminhos. Bendito IAE!
No entanto, não te iludas, é necessário manter a posição en garde. A vida já te mostrou que as batalhas difíceis chegam quando menos se espera, apanham-nos pelos flancos e às vezes abalam-nos até ao ponto crítico. Por algum motivo, a parte mais complexa da tua biografia pessoal está só a começar. Atira-te a eles, mulher!

Tudo isto para te dizer o que já sabes: Estou aqui, mas trago-te sempre comigo. Tentarei ser nos próximos trinta mais do que fui nestes primeiros. Adoro-te com tanta força, que se me contraem os músculos de saudades tuas. Principalmente hoje, o dia do teu aniversário.

Parabéns minha Azuloidezinha! Gosto-te à BRAVA!!!!!!!

Tua,
Cláudia

terça-feira, setembro 26, 2006

AMIZADE


Os amigos são, de facto, o melhor do mundo. Falo de ambas as perspectivas: ter amigos e ser amigo. Hoje concentro-me no ser.
O telemóvel dá sinal de mensagem: uma amiga que pede morada. Esta amiga liga de imediato para a amiga que pediu a morada e falamos um biquidinho (não é erro ortográfico, é mesmo assim). Penso nessa amiga que precisa de amigos porque esta semana é decisiva para ela. Quero ser capaz de lhe mostrar que tudo é certo e fácil, mas nem os amigos conseguem ir tão longe. No entanto o abraço amigo não tem limites. E acredita que mesmo daqui, a milhares de quilómetros, este abraço é teu. Porque os amigos servem para superar as barreiras. Melhor, entre amigos não há barreiras.
O telemóvel toca: "Atão não dizes nada?" E eu topo logo: "Tás triste" E ela: "Pffff. Estou farta. Que fazes mais logo?" Claro está que o que eu fiz "logo" foi estar com ela. Conversas de gajas, galhofa à mistura, mas nem sequer se fala do assunto sensível porque não há paciência. E também não importa. Podia ela ligar-me por causa de uma unha partida que eu estaria por aqui na mesma.

Tenho amigos e sou amiga.
Tenho amigas fantásticas.
Arre, que sorte!

terça-feira, setembro 12, 2006

De regresso ao mundo real...



E agora que se foram as férias, somos atirados com uma força surpreendente para a realidade do dia a dia.
Os amigos que estavam sempre ao pé das nossas aventuras, a difícil decisão de decidir qual é a praia eleita para hoje, os petiscos (ai os petiscos!...), as jolas sempre a jorrar e a obrigação de fazer nada a não ser curtir, descansar e curtir outra vez.
Esta deve ser a fase mais difícil do ano.
Neste país de Sol, sinto sombras em mim. Sombras densas que não compreendo muito bem.
Enfim. C'est la vie, c'est la guerre. Bah.

Bem vindos a casa.


RECADOS:
Meu anjo, segundo o que dizem, a vida de uma mulher começa a sério aos trinta. E tu tens todas as ferramentas para fazer da tua uma vida feliz. Decisões, decisões, amigos e decisões. Não esmoreças. MUGUI!

Minha azuloide, fazes falta, claro está, mas não só aos amigos. A família está primeiro e os teus amigos estão contigo e com os teus. Mesmo.
I wish... tu sabes...
LUV.

Meu amor, a minha vida andaria à deriva se não fosses tu. És o meu barco e o meu porto. Amo-te, forever and a day.

Mamã, és a melhor do mundo. Deste-me o melhor que uma família pode ter: amor. Por quem és, mereces as estrelas. A-DO-RO--TE!!!!!

Nostalgia, bem podes minar-me a teu belo prazer, mas com aliados como os que eu tenho, dificilmente vencerás!

É tudo.
Por hoje.

Cláudia

quarta-feira, agosto 09, 2006

Palavras Sábias


Discurso do Ministro Brasileiro de Educação nos EUA.

Este discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que um Brasileiro dá um "baile" educadíssimo aos Americanos...
Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos o actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros). Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso".Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também a de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada,i nternacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro...O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser Internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!"


Como diria o Fernando Pessa: E esta, hein?...

terça-feira, agosto 08, 2006

Lisboa dos Mil (des)Encantos


Ontem foi a torreira total.
Todos os termómetros de rua por onde passei marcavam 35 graus ou mais... A cidade debatia-se sob um manto pesado de calor, poluição, suor, comentários tipo "ai credo" e coisas assim. No Jardim das Amoreiras, não fossem as árvores, parecia que estávamos em terra alentejana, tal era a quantidade de cigarras que gritavam odes ao calor seco e abafado. O bafo era tal, que das linhas do horizonte erguia-se uma névoa cinzenta, o smog da nossa aflição!
A cidade não se queixa, claro. As pessoas queixam-se o mais possível, claro. A cidade permanece ainda mais impávida do que é habitual no pico do nosso delicioso Verão português. Sim, porque nesta altura do ano Lisboa respira de alívio com a ausência dos seus frequentadores habituais. Abençoadas férias laborais!
E depois temos manhãs como a de hoje.
A névoa instala-se durante a noite e pela manhã brinda-nos com um fedor que só é possível aqui. A grande Lisboa parece que se peidou. Um daqueles peidos silenciosos, mas de "aroma" inconfundível. E como fedia, pá! Estava eu a apanhar roupa da corda e a suster a respiração. O Tejo contribui com todos os dejectos que é possível ter à superfície quando a maré está baixa. No geral, fiquei com a sensação que a cidade está podre como um pêssego deixado ao Sol.
Mas a cidade não se queixa, claro. E as pessoas queixam-se o mais possível, claro.
Ainda assim, adoro Lisboa! E adoro o Verão! E adoro as esplanadas e o Rato sem trânsito e passear de chinelos e os turistas à guerra com mapas e as peles bronzeadas e os jardins cheios de velhos e crianças à procura da sombra e as cervejas a escorregar por um punhado de cêntimos e as debandadas para perto do mar e as cores e os saldos e as saladas de polvo e o Bairro Alto ao anoitecer e piqueniques no Jardim da Estrela e frisbee no Parque Eduaro VII e, acima de tudo, os amigos e as paródias!
O Verão português é absurdamente fixe! Lisboa é absurdamente fixe! Mesmo quando sofre de flatulência logo pela manhã, é só dar-lhe algumas horas para ela brilhar outra vez!
Que cidade, c'um camandro!

quinta-feira, agosto 03, 2006

Informação de utilidade pública

A saber:

Marcas que fazem testes em animais:

- Colgate-Palmolive Co
- Coty (Adidas, Calvin Klein, Davidoff, Glow, The Healing Garden, JOOP!, Jovan, Kenneth Cole, Lancaster, Marc Jacob, Rimmel, Stetson)
- Gillette Co. (Braun, Duracell, Procter & Gamble)
- Johnson & Johnson (Aveeno, Clean & Clear, Neutrogena, Rembrandt, ROC)
- L’Oréal U.S.A. (Biotherm, Cacharel, Garnier, Giorgio Armani, Helena Rubinstein, Lancôme, Matrix Essentials, Maybelline, Ralph Lauren Fragrances, Redken, Soft Sheen, Vichy)
- Pantene (Procter & Gamble)
- Oral-B (Gillette Company)
- Unilever (Axe, Dove, Helene Curtis, Lever Bros., Suave)

- Bic Corporation


Encontram a lista mais detalhada no link abaixo.
http://www.caringconsumer.com/pdfs/companiesDoTest.doc

Marcas que NÃO fazem testes em animais:

- Avon Products, Inc.
- Avalon Organics
- Chanel
- Clarins of Paris
- Hello Kitty
- La Prairie
- Oriflame USA
- Revlon
- Tommy Hilfiger
- The Wella Corporation


Lista mais detalhada no link, pois tá claro.
http://www.caringconsumer.com/pdfs/companiesDontTest.doc

Porque, digam o que disserem, não pode estar correcto que se matem milhares de animais, só para podermos ter o cabelo macio. Pffff.
O que peço é que se dê um passo de cada vez. Não é pedir muito, pois não?...

Carta à minha Mãe


"Querida, querida mamã:

Começarei por citar quem admiro na escrita, sublinho, na escrita: 'todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.' Não sei portanto se daqui sairá uma carta ridícula, mas sei que isso não é importante.
É difícil perceber porque é que as coisas, sendo relativamente simples, se tornaram tão complicadas. O nosso estigma diário, as feridas reabertas, as infecções que insistem em sobreviver. É mesmo difícil perceber a lógica.
Sempre acreditei que as coisas acontecem por um motivo, que as lições estão ao virar do acontecimento, que nos fazem pessoas melhores, a vida enfrentada com ferramentas a sério. O destino, não sei bem porquê.
Acreditas no destino, mamã? Nos desígnios de Deus?
Eu posso dizer que sim, mas ainda existem pontos dessa lição divina que são um verdadeiro mistério.
Quero dizer, já percebi porque é que a minha infância e adolescência trilharam os caminhos sinuosos que me trouxeram até aqui. Confirma-se inclusivé a tese de que esse passado fez de nós pessoas melhores, mais despertas, mais atentas.
Só que há um plano de Deus que eu continuo sem compreender. O principal plano. A principal dúvida.
Tu, mamã.
Se tento parar para perceber o que a Divina Providência te reserva, sou engolida pelos becos sem saída, pelas casas sem janelas, pelas prisões morais, pela pura estupefacção. Será que a resposta está ao virar da página? Será que essa vida que é tua e que está na cara que deveria ser (quase?) perfeita ainda vai desabrochar na felicidade que mereces? Será que não?...
Ver-te sofrer é sofrer-te na carne, as infecções outra vez. E eu até sei que há muito mais para além desse tu que sofre. Há o que ama, o que ri, o que brilha, o que amadurece (como um bom Porto!), o que sobrevive, o que aprende e aprecia, o que dá e o que recebe, sei lá! Uma infinidade de tus que fazem de cada dia um dia melhor!
E só há um tu que dói.
E é esse que é o problema.
Recuso-me a aceitar esse tu de ânimo leve. Por isso sou uma criança birrenta quando tenho de o encarar. Não o quero e bato o pé. E faço birra por capricho. Porque sim.
Não sei se gosto de ser adulta, principalmente por causa disto. Um adulto deve ser civilizado e consciente; ponderado e até mesmo compreensivo.
Lamento, mas onde deveria ser mais adulta, é precisamente no ponto onde a minha infância teima em resistir. E porquê?...
Por amor a ti, a minha insuperável Mãe.


Quando for grande, quero ser como tu.

Tua filha,
Cláudia"

quarta-feira, julho 26, 2006

A TV do povo

A nossa vida é dominada pela televisão.
Bem, não sei se isto se refere de facto a toda a gente, mas é a sensação que paira no ar... certo?...
Eu explico: se pararmos para pensar nos dias que nos escorrem pela vida, acima de tudo os mais recentes, damos conta que a televisão é fundamental na nossa organização "privadopública". Notícias, novidades, estimativas, até o trânsito da hora de ponta 5 minutos antes de vestirmos o casaco para mergulhar naquilo. Chega quase a ser ridículo. E no entanto pode ser tão útil... e triste... e insignificante... e estúpido, bolas! A televisão transformou-se no instrumento que nos diz aquilo que já sabemos, ou pior ainda, transformou-se numa espécie de política teleinterna que nos tenta envenenar a opinião seja no bom ou no mau sentido. Acho que este aspecto nem sequer é tido em conta.
O tipo de programas que vemos acaba por influenciar tudo o que fazemos com o nosso tempo livre, por exemplo: digamos que somos fãs do tipo CSI ou House ou mesmo Ally Macbeal, vemos os noticiários com assiduidade (e não estou afalar da TVI, isso dava um post ainda maior que este), uns documentáriops quando nada mais chama a atenção e a Herança acaba por pôr prova os nossos conhecimentos, cultivados de forma absolutamente aleatória porque cultura GERAL é bom, sendo que após nos viciarmos naquilo damos conta que se calhar não somos tão inteligentes como pensávamos. E o que é que fazemos nesse momento levemente humilhante? Mudamos de canal.
O que é incrível é que essa televisão de todos nós é a nossa biblioteca de temas para conversas do dia a dia. Eu diria mesmo que é a nossa verdadeira biblioteca de temas para a vida.
Um puto cresce a ver o Dexter's Lab e o ER, até gosta por isso lê uns livros de ciências, é bom aluno porque aquilo até é interessante, quando crescer quer ser médico ou veterinário ou cientista ou lá o que é. Percebem??
A miúda sempre foi adorada porque era rechonchudinha em bebé, coisa mais linda não se vira, tão grande que ela está feita mulherzinha, muito cor de rosa à pala da Barbie, mas uma certa rebeldia e sentido de justiça tipo Power Puff Girls. Os anos passam com fantasias do tipo sou uma princesa, sou a miúda popular, sou a miúda que nunca teve que fazer grande esforço para atrair as atenções porque sou daquele tipo que devia estar... na televisão. Quando for grande quero ter uma profissão importante. Quero ser actriz. Ou modelo, se calhar é melhor. Ou fotógrafa, quero ser fotógrafa e ir para África ajudar os podbrezinhos e mostrar ao mundo a miséria de lá. Não sei bem, mas tem que ser importante.
Vai na volta e sou só eu. Uma verdadeira Dona Quixota a perseguir telemoinhos por cabo. Também disponível por satélite!

quinta-feira, julho 06, 2006

derrotas para que te quero!...




E aí está ele, pensando que ainda não é desta que o mundo lhe cairá aos pés.

Portugal debateu-se com dignidade (algo que alguns tugas tendem a deixar na gaveta...), e já ninguém duvida que temos equipa! O europeu está aí dentro de dois aninhos e até lá há muita fruta na árvore que terá tempo de amadurecer (o Cristiano e as suas lágrimas sofridas... tss tss. Fez-te falta o "seio" da Merche, foi isso?). A minha bandeira volta para dentro de casa no Sábado, mas voltará para a rua na altura devida. Quanto ao Cristiano, ao Deco (que por acaso ontem foi uma sombra de si mesmo), ao Simão, aos Ricardos, etc, etc; podem chorar à vontade, mas espero que da próxima vez seja de alegria. Afinal de contas a derrota foi só uma, e as vitórias numerosas! Pequeninos como somos, estivémos à altura dos grandes, e só com um penalti é que esses franciús nos conseguiram bater. Todos devemos estar orgulhosos.


No fim, espero que os italianos levem o caneco!

terça-feira, maio 16, 2006

Uma espécie de vazio...

Eu sei que me comprometi em dizer qualquer coisa antes de segunda feira...
Também sei que não gostas nada de pedidos de desculpa, seja de quem for. [se soubesses como gosto disso em ti... és mesmo especial!] Ora isso deixa-nos à beira de um daqueles impasses que não servem para nada.
Vou contar-te, minha fada com o céu nos olhos[presta atenção, azuloidezinha! Isto também é para ti!].
Falando de coração aberto, estou a descobrir coisas estranhas e não tenho a certeza que gosto delas, ou que quero sequer pensar nelas. Escrever é um bom exemplo. Talvez o maior (melhor?).
A escrita foi uma armadura excelente numa batalha sangrenta e dura de travar. Vocês sabem. Uma das melhores frases que retive (não as palavras, mas o que diz) insinuava que os poetas, narradores, grandes escritores, não importa, escrevem porque a alma lhes dói. Tão simples como isso. Escreve quem sofre.
E de facto é verdade.
Que melhor altura para uma indigestão de palavras desagradáveis ataques de fúria gritos corrosivos lágrimas dores merda, do que aquela em que nos arrancam o coração à força. Certo?
O problema agora é que a infelicidade que foi minha musa deixou de existir. Quero dizer... existe.... mas muito longe... quero dizer... talvez já ali, mas a uma distância segura. Juro.
No fundo, tenho medo de acordar fantasmas. Pronto, está dito.
Só que depois ponho a mão na consciência e penso "que estupidez, mulher. Grow up."
Há tanto material! É horrível saber isso e sentir o caos na cabeça! BZZZZBZZZZZZZBZZZZZ!!!!!


As palavras ainda são um assunto sensível, e acho que está à vista que ainda nos estamos a medir.

Quem diria que chegaria a este ponto.

Boa noite Cinderelas. O príncipe está a caminho.

terça-feira, abril 11, 2006

ora BOLAS!!!


Ando às voltas com a "máquina" (leia-se: computador do inferno!) para ver se me entendo com o meu plano tecnológico pessoal. Isto de ser blogger não é fácil.
A conspiração COMPUTA vs MOIMÊME não me derrotará! Palavra!

quarta-feira, abril 05, 2006

para começar:

"Talvez não valha a pena
amarfanhar palavras
para fugir do medo.
A vida não é um jogo.
É uma espécie de nudez,
onde se perde o pé,
irremediavelmente."

Graça Pires in «Conjugar Afectos»

Discutível? Até aceito, mas é tudo uma questão de interpretação.

Eu sou a Cláudia. Para os amigos também Cláudia. Para os amigos especiais... bem... tenho que reservar alguns segredos para mim... e para eles.

Não pretendo impressionar com este novo blog. Pretendo preservar a memória para ti, sejas tu quem fores. Um filho? Um familiar? Um amigo? Um estranho? Eu? Não tenho a certeza que seja importante, mas sou nova nestas andanças, por isso pura e simplesmente não sei.
Pretendo saber-me melhor e a escrita sempre ajudou, embora nem sempre tenha estado do meu lado.
O nome do blog foi uma sugestão (e um elogio!) do meu mais que tudo, mas mesmo que não seja gaja boa, sou uma boa gaja. Asseada, educada, quase sempre optimista, mas acima de tudo complicada (embora o mais que tudo diga que não). Se não fosse complicada este blog seria uma seca. Esperem para ver, quero dizer, para ler... acho eu...
Bom, vamos então a isto.
Cláudia, há 28 anos Tuga de gema, Benfica no coração (que está prestes a jogar com o Barça a 2ª mão dos quartos de final da Champions - FORÇA BENFICA!), actriz não famosa embora relativamente bem sucedida, admiradora incondicional de Fernando Pessoa, William Shakespeare e da Natureza, família acima de tudo (olá mamã!), vegetariana, politicamente de esquerda mas não extremista (não, o PS não tem nada a ver), enfim, mais uma pessoa entre tantas.
O poema tem para mim valor especial (obrigada Ana L.), e reflete o que eu penso da vida: um mar finito e de marés imprevisíveis, mas que só assim pode ser apreciado. O que seria a vida sem desafios? Se fosse fácil, não era para nós. Não vale ter medo. Daí as palavras. Estas, as próximas, as absurdas, as coerentes, as lamechas, as raivosas, as doces, as azuis, as amarelas, as vermelhas, as vazias, as palavras.
E as pessoas.
Amo-te Filipe.
Olá a todos.
Até amanhã.