domingo, maio 13, 2007

Fim de semana entregue a "moi même"



"O amor é uma companhia





O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio."

Alberto Caeiro

Se eu fosse o Alberto Caeiro e o meu F. fosse ela, este poema descreveria o meu estado de espírito neste último fim de semana; mas eu sou eu e o meu F. é só meu e é um ele. O meu F. foi para o campo, celebrar o aniversário do meu cunhado. Eu fiquei em Lisboa por questões de trabalho. E senti a falta dele, principalmente na hora de ir dormir. As noites foram o pior, de facto. Dormir sem o corpo dele ao meu lado é como não pôr azeite na salada: insonso, sem sabor, monótono, blaaagh...

Tive saudades tuas, meu amor.
Bem vindo a casa.
Amo-te.