segunda-feira, julho 02, 2007

Tristeza outra vez...




Our friend, our best mate is now asleep and in peace.



No dia 26 escrevi um post que não publiquei. Dizia respeito ao meu cão, Happy Guy, que há dois dias estava paralisado na parte traseira do corpo (como que paraplégico) sem causa aparente. Depois de andarmos às aranhas sem saber o que ele tinha e de visitas diárias ao veterinário, na sexta feira (dia 29) ficámos a saber o pior: quase de certeza (porque, como disse o veterinário, em medicina não há certezas) seria um tumor na medula óssea. Acrescentou o veterinário aquilo que deseperadamente queríamos evitar: uma vez que a cirurgia seria impossível, a recuperação não aconteceria e o sofrimento estava garantido, recomendou eutanásia...

No dia 29 de Junho de 2007, o meu Happy Guy adormeceu para sempre, nos meus braços.
Sempre acreditei que as coisas acontecem por um motivo, mas sinceramente, não consigo perceber o porquê desta merda. A fúria, a incompreensão, o querer desesperadamente voltar atrás no tempo é tudo o que me domina nesta altura. Não quero acreditar seja no que fôr.
Não me lembro da última vez que chorei tanto.
Cá em casa, um vazio doloroso, um silêncio que roça o sadismo.

Na Seada corria livre e feliz e é lá a sua última morada. Plantámos uma camélia no local, e sempre que florir será para nós Primavera no coração, tal como ele foi a Primavera da nossa vida.

Vou ficar à espera que o tempo passe, na esperança de que ele cure.
Ele será sempre o nosso Gajo Contente e nunca será esquecido.

We'll love you always, my Happy Friend.





Nunca mais é tempo demais.
Quero-te de volta...

4 comentários:

Anónimo disse...

O teu Happy Guy dei-te muito e ajudou-te, talvez a superar algumas crises, recorda-o feliz e contente a correr para ti para te dar mais uma lambidela. Tens o direito de estar triste,mas a vida continua sempre com momentos tristes e momentos felizes.


"Há doenças piores que as doenças,


Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada."
Fernando Pessoa

Bjs

inesn disse...

abraço (muito) apertado.

nana disse...

as memórias. todas.

"for death, he taketh all
but that he could not take"

(william cory)

sabe-me contigo.
sempre.

Anónimo disse...

Vim ter ao teu blog não sei dizer como, e deparei-me logo com este post e acredita que lê-lo foi sentir um frio e um desassossego q não consigo explicar. Faz um mês que a minhca cadela Tuxa,uma caniche, tb partiu. Teve exactamente o mm problema, começou a paralisar uma pata traseira, fizemos tratamento, de nada adiantou, paralisou as duas, passado uma semana, ficou incontinente e não tinha qualquer reacção motora , perante o prognostico triste do veterinário e sem luz ao fundo do tunel tb não tivemos outra opção senão a eutanásia. Eu sei que foi o melhor para ela, mas revolto-me porque foi o melhor pois estava assim, mas porque raio a minha menina tão dócil, meiga e divertida tem de estar sujeita a uma hérnia discal?? Porque é que a alegria que abana o rabo quando chegamos a casa tem de partir? Tem de nos deixar com um vazio e um sofrimento q corrói. Por saber o que sentes, junto-me a ti, em silencio. Rita